COLUNA ADEMI-BA: Como andam as intenções de compra de imóveis do brasileiro?
Na última semana, reunimos nossos associados para apresentar números do último trimestre e tendências para o ano de 2024. Esse trabalho que a Ademi-BA desenvolve junto à Brain Inteligência Estratégica, empresa contratada pela Associação, envolve coleta de dados, análise de tendências, segmentações de mercado, análise geoespacial, modelagens estatísticas e econômicas e muitos outros métodos, todos essenciais para a previsibilidade e estabilidade do nosso mercado.
Vimos na última pesquisa que tivemos queda em lançamentos e VGV no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2023. Entretanto, também vimos que a queda foi maior em janeiro, foi menor em fevereiro, e ainda menor em março. A prévia de dados de abril e maio mostram que, no segundo semestre, os números devem melhorar bastante em lançamentos, em relação ao que foi o primeiro trimestre. O destaque do período foi o Minha Casa Minha Vida, que teve crescimento de 52% de unidades lançadas em relação ao mesmo período de 2023. O VGV (Valor Geral de Vendas) desta tipologia foi de R$ 309 milhões. Salvador e Região Metropolitana acumularam VGV de R$ 531 milhões.
Um dado muito importante que a pesquisa nos trouxe é o aumento das intenções de compra por imóveis no Brasil e na Bahia. Na média, estamos com 41% das pessoas refletindo a intenção de comprar um imóvel, o maior nível nos últimos três anos. Esse dado indica que, até o final do ano, a vontade de compra do consumidor tende a crescer. Bom para o investidor, que deve se preparar para novos lançamentos. Para quem deseja comprar, olhos atentos e antecipação podem colocar alguns passos à frente das melhores oportunidades.
E quem é o brasileiro com maior intenção de comprar um imóvel? Analisando por geração, a pesquisa nos mostrou que 50% das pessoas entre 21 e 27 anos desejam comprar um imóvel, seguida da geração Y, com 28 a 43 anos (48%), O público com menor intenção de compra são os Baby Boomers, acima de 60 anos.
Mais de 80% das pessoas desejam comprar um imóvel para morar; a maioria delas (34%), tem como maior motivação sair do aluguel. Outras motivações, como a compra do imóvel para fins de investimento (10%) e para obtenção de novos benefícios (uma residência maior, mais nova, em melhor bairro) também se destacam.
O nosso setor vem demonstrando cada vez mais solidez, ética e profissionalismo, e isso consolida o desejo e intenção do brasileiro em adquirir um imóvel. O mercado imobiliário em desenvolvimento representa também o desenvolvimento do emprego, da renda e da economia. Temos boas perspectivas para os próximos meses.