28 mar, 2019

Pesquisas apontam tendência de redução do otimismo do setor

Sondagem Indústria da Construção

A indústria da construção continua desaquecida e os índices de confiança e de expectativa demonstram menos euforia em março, indicando cautela dos empresários do setor da construção. A Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (27/03) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), aponta para um recuo expressivo da intenção de investimento e do Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção), que começaram o ano em níveis bastante elevados mas recuaram pela segunda vez consecutiva, sugerindo que a disposição para investir e a confiança dos empresários estão diminuindo. Veja a pesquisa na íntegra.

A Sondagem da Construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também divulgada nesta quarta-feira (27/03), aponta o mesmo. O seu Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 2,5 pontos, configurando a maior queda na margem desde junho de 2018 (-2,9 pontos). O indicador passou para 82,5 pontos, menor valor desde outubro de 2018 (81,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o ICST recuou 1,0 ponto em março depois de seis altas consecutivas. Veja a pesquisa na íntegra.

Houve um pequeno aumento da utilização da capacidade operacional. No entanto, o incremento modesto nesse indicador de produção não sugere uma recuperação, pois ainda há muita ociosidade.

“Na prática, apesar de terem metodologias diferentes, as duas pesquisas demonstram uma piora no otimismo dos empresários do setor da construção“, destaca o economista da CBIC, Luís Fernando Melo Mendes.

“O ritmo muito lento de crescimento da economia está minando a confiança mostrada pelos empresários da construção no final de 2018. Em março, a percepção que prevaleceu foi de que a atividade retrocedeu, abalando também a confiança na melhora de curto prazo. O resultado de março acende uma luz amarela que reforça a preocupação com a retomada dos investimentos”, avalia a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo.

Fonte: CBIC