01 nov, 2021

Lançamentos a todo vapor

Artigo publicado no jornal A Tarde, em 30/10/21

Semanalmente tenho falado nesta coluna sobre o panorama do Mercado Imobiliário. Sobre como este setor tem se mostrado forte, resiliente e essencial para a movimentação da economia, especialmente neste período de pandemia. Mais uma vez, os dados corroboram essa análise.   

Nesta semana, a ADEMI-BA apresentou o balanço do terceiro trimestre de 2021, que compreendeu os meses de julho a setembro, e os números são positivos.  

Os lançamentos continuam aquecendo o mercado imobiliário. A Bahia teve um aumento de 99% nos lançamentos em relação ao trimestre anterior. Já Salvador, registrou um crescimento de 589%.  

O número de vendas teve um pequeno decréscimo. Entre os meses de julho a setembro, foram vendidas 2.224 unidades na Bahia, uma redução de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Em Salvador, também houve uma redução de 10% no número de vendas, sendo 1.223 o número de imóveis comercializados.    

No entanto, devemos lembrar que o terceiro trimestre de 2020 foi muito forte por causa de uma demanda de mercado reprimida. Apesar dessa redução continuamos performando bem. Basta comparar os números do segundo trimestre de 2021.  

Em relação aos três meses anteriores deste ano, a Bahia manteve o número de unidades residenciais vendidas, com um aumento de 2%. Já Salvador, registrou um aumento de 7%.  

Entre as formas de financiamento, o PCVA (Programa Casa Verde e Amarela) continua sendo o responsável pela maioria das vendas realizadas no período. Na Bahia, ele representou 69% do número de vendas, contra 31% dos financiamentos com a caderneta de poupança – (SBPE). Em Salvador, a tendência permanece: 62% das vendas foram realizadas por meio do PCVA, enquanto o SBPE representou 38%.  

Entre as unidades residenciais disponíveis, a maioria é composta por dois quartos. Na Bahia essa categoria soma 72%, já em Salvador é de 54%. Em relação ao padrão do imóvel, na Bahia o PCVA é o principal, com 59%. Em Salvador, a maioria das ofertas são imóveis de médio padrão (40%).  

Estamos muito otimistas e a expectativa é que o número de vendas deste ano supere o de 2020. Praticamente não há disponibilidade de imóveis em Salvador. O que se lança, é vendido.  

Por isso, é preciso que mais projetos sejam aprovados para que possam ser lançados. O cliente do mercado imobiliário baiano está disposto a apostar alto quando o assunto é bem-estar e investimento seguro.   

E o interesse permanece constante quando há juros atraentes e facilidade de acesso ao crédito. 

 

Cláudio Cunha 
Presidente da ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia)