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11 set 2018

O QUE APRENDEMOS COM A FUTUROLOGIA

Coluna por Claudio Cunha - Presidente da ADEMI-BA

Você sabe o que é futurologia? Antes de pensar em termos como astrologia e tarologia, vamos à explicação: futurologia se baseia em uma abordagem científica para tentar prever o futuro, apontar aquilo que nos espera e o que será tendência daqui pra frente. Esse é um campo que tem crescido e vem interferindo em vários setores, inclusive no imobiliário.

 

A ADEMI-BA, preocupada em entender essa ciência, convidou um especialista na área para falar sobre a demanda e o comportamento do consumidor no mercado imobiliário. Marcus Araújo é presidente da DataStore e um dos palestrantes na Convenção Anual da ADEMI-BA que acontece em dezembro deste ano.

 

Queremos entender o fenômeno da futurologia e de que forma haverá impactos na sociedade e no ramo imobiliário. Até o momento, vemos um cenário que aponta para algumas mudanças. Dessa forma, gostaríamos de compartilhar o que o futuro está nos reservando.

 

As formas de morar estão mudando. O sonho da casa própria é algo em reformulação. Em muitos lugares, já se observa o conceito de moradia como um serviço sendo prestado. Isso significa que as pessoas não abrem mão da segurança de ter um lar, mas já adotam estilos diferentes de viver, a exemplo do coliving – moradia compartilhada.

 

Ao valorizar mais o uso e não a posse do imóvel, surgem novas formas de ocupar o ambiente. O que acontece é uma redução no tamanho dos apartamentos em contraste à opção de serviços disponíveis nas áreas comuns do condomínio, que está totalmente conectado com o conceito de coliving. Academia, espaço de coworking, bicicletas e até carros elétricos compartilhados.

 

Essa realidade muda também a organização dos espaços no próprio apartamento. As pessoas não querem mais grandes salões de festas e sim algo intimista. Por isso, varandas maiores para receber os amigos são mais apreciadas, assim como cozinhas integradas à sala. Surge também a mobília inteligente, que visa dinamizar o ambiente, como o sofá que abre e vira cama, ou a mesa que fecha e vira quadro.

 

E existem fatores que apontam para esse cenário: a redução do tamanho das famílias; impacto da vida digital, que faz as pessoas circularem menos dentro de casa; a reforma trabalhista que possibilita o trabalho em casa, home office, e o aumento dos encargos para contratação de serviços domésticos – residências menores são mais simples de serem limpas.

 

Esse último fator também faz surgir uma demanda que até então não existia. Ainda no conceito de coliving, as pessoas estão optando cada vez mais em compartilhar serviços, de forma a diminuir os custos. Dessa forma, torna-se mais viável pagar um prestador de serviço que possa atender a várias famílias do mesmo prédio, diminuindo o gasto individual que cada residência teria.

 

Todo esse cenário está sendo acompanhado através de pesquisas. Nos últimos quatros anos, os apartamentos tiveram uma redução de até 15% na área privativa, enquanto que as casas em condomínios fechados chegaram a ser reduzidas em até 50% de área privada. 

 

Dados sobre o comportamento do consumidor e de como o mercado está se ajustando a essa nova realidade são essenciais para que possamos nos antecipar as tendências e buscar mais formas de agir em prol de um setor imobiliário robusto e eficiente. Que a futurologia seja mais um caminho a nos orientar.

 

Cláudio Cunha

Presidente da ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia) 

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