26 mar, 2020

Covid-19: Países adotam medidas para manter o emprego na construção

Líderes do setor habitacional de cinco continentes, incluindo países desenvolvidos, se reuniram virtualmente, numa iniciativa da International Housing Association (IHA)...

Líderes do setor habitacional de cinco continentes, incluindo países desenvolvidos, se reuniram virtualmente nesta quarta-feira (25), numa iniciativa da International Housing Association (IHA), para anunciar as boas práticas que estão sendo adotadas pelos países membros na área da construção civil e discutir as perspectivas econômicas globais à luz da pandemia do coronavírus (Covid-19).

Dos países participantes – Brasil, Estados Unidos, Japão, Taiwan, Israel, Noruega, Bélgica, Canadá, África do Sul e Finlândia –, o único que paralisou completamente as obras foi o Japão. Há, nos países, uma solicitação geral para reduzir ou postergar o pagamento de impostos e o financiamento tanto para as pessoas físicas quanto para as construtoras, e ampliação do prazo de validade do alvará para construção. Alguns países já manifestaram redução de obras em razão da diminuição de insumos.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), representada por Mariana Ribeiro, apresentou o quadro nacional da construção civil, dando ciência de que o setor permanece em atividade, seguindo recomendações de segurança e saúde para a contenção do vírus. Sobre o sistema bancário nacional, esclareceu que os maiores bancos financiadores de habitação são públicos.

Nos Estados Unidos, 40% dos geradores do PIB estão parados e se continuarem por mais oito semanas a previsão é de queda de 11% do seu produto interno bruto.

No Japão, há uma negociação para aumentar o prazo de carência para pagamento dos impostos. Foi definido um plano para implementação de financiamento para as pequenas e médias empresas construtoras.

Em Taiwan e em Israel há uma medida de precaução quanto aos prazos de entrega das obras em razão da redução do volume de suprimentos de materiais de construção. Ambos conseguiram convencer os governos a continuar trabalhando e produzindo de alguma forma em função da parcela de impacto que têm no PIB nacional.

Na Noruega, também há atraso de insumos oriundos principalmente da Espanha e da China, mas o setor continua em atividade.

Na Bélgica, 50% dos canteiros de obras estão funcionando. O governo dispensou até setembro o pagamento dos financiamentos de imóveis para os clientes e para as construtoras e vão postergar todos os impostos federais. Além disso, vão injetar 50 bilhões de euros na economia (cerca de 5 mil euros por habitante). O governo quer a contrapartida dos bancos para que nem o Estado nem as pessoas “quebrem”.

No Canadá, o governo também está dando seis meses de carência para o pagamento dos financiamentos.