CUB paulista tem alta de 0,28% em fevereiro, a décima consecutiva
Uma dos principais matérias-primas da construção, aço acumula elevação de 7,93% em 12 meses
O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do estado de São Paulo registrou alta de 0,28% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Esta é a décima elevação seguida no indicador. De acordo com o SindusCon-SP, responsável pelo levantamento, o CUB representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$ 1.338,24 por metro quadrado no período. Em 12 meses a alta é de 3,23%.
Dentro da composição do indicador, os custos médios com mão de obra representaram 61,40%, materiais, 35,40% e despesas administrativas 3,19%.
Segundo o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, um dos itens que tem pressionado as consecutivas altas no período mais recente é o aço. “Este insumo tem um peso grande no CUB e depois de um período de queda passou a recuperar perdas.”
Apenas nos últimos 12 meses, o aço CA-50 Ø 10 mm teve variação positiva de 7,93%. “A alta não tem sido maior, porque não têm surgido novas obras”, completa Romeu Ferraz.
Custos dos insumos
Em fevereiro, 13 itens que compõem o CUB registraram variação positiva maior que o IGP-M (0,07%), sendo as maiores aço CA-50 Ø 10 mm (3,53%), locação de betoneira elétrica (1,42%) e bacia sanitária branca com caixa acoplada de 6 litros (1,37%).
Entre os materiais de maior relevância para o cálculo do CUB, o cimento CPE-32 saco 50 kg teve alta de 0,75%, enquanto o concreto FCK=25 MPa registrou queda de 0,23%.
Com desoneração
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos a alta foi de 0,31% no CUB na comparação com janeiro, totalizando R$ 1.240,12 por metro quadrado. Em 12 meses, o indicador registra alta de 3,19%.
Na mesma base de comparação, foi registrada participação de 58,35% nos custos de mão de obra, 38,20% de materiais e 3,45% em despesas administrativas.
Custo Unitário Básico (CUB)
Calculado pelo SindusCon-SP e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Custo Unitário Básico (CUB) é o índice oficial que reflete a variação dos custos mensais das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.
Fonte: Obra 24h