Cobertura moderna: em vez de telhas, projeto usa manta flexível
A opção sintética está entre as novas queridinhas dos arquitetos. Descubra o porquê!
Quem vê a cobertura que se estende curvilínea acima de um dos blocos desta casa não imagina quanto ela é delgada: tem apenas oito centímetros de espessura. O segredo está no uso de uma membrana de EVA (Evalon V), que substitui as telhas e ainda funciona como impermeabilizante.
“O telhado convencional, mesmo bem construído, pode ter frestas por onde a água escorre e, com o tempo, danifica a estrutura. Já a manta sintética forma uma superfície contínua e, portanto, estanque”, explica o arquiteto Mauro Munhoz, autor do projeto executado em Bragança Paulista, SP.
Não bastasse essa qualidade, o material permite criar coberturas com traços incomuns, valorizando a arquitetura – aqui o trecho curvo sobre a sala de TV contrasta com o restante da construção, marcado pelo telhado de uma única água, com telhas francesas de barro e 35% de inclinação. Para a cobertura dos terraços, optou-se pelo mesmo acabamento flexível, assentado sobre abas planas de madeira.
De acordo com o fabricante, a Alwitra, a membrana de EVA resiste aos raios ultravioleta e não rasga, por isso pode-se caminhar sobre ela para fazer eventuais manutenções. A instalação pede mão de obra treinada e supervisionada pela empresa.
Aba plana
Reparou na superfície horizontal branca que cobre os terraços e a passagem entre os dois blocos da construção? Montada com réguas de cumaru, ela recebeu a mesma membrana de EVA destinada à cobertura arredondada. A fim de que a água da chuva não se acumule, essa aba de madeira apresenta uma inclinação discretíssima.
Para tanto, os barrotes que a ancoram são menos espessos (três centímetros) na extremidade próxima ao corpo da casa, onde estão os ralos, conectados ao sistema de águas pluviais. Na ponta externa, a espessura dos barrotes cresce para cinco centímetros.
Fonte: Obra24horas