A engenharia e o crescimento sustentável
A recuperação econômica decorre de um conjunto de medidas que visam à geração de emprego e renda, à diminuição das assimetrias sociais e à melhoria da infraestrutura e da logística, indispensáveis para a inserção de nossas empresas no fluxo de comércio internacional.
O ajuste fiscal, embora urgente e importante, terá efeitos muito pequenos se ficar restrito exclusivamente à propostas na área financeira ou a medidas econômicas.
Dessa forma, o desenvolvimento depende do fortalecimento da engenharia nacional que, ao longo de décadas, vem sendo reconhecida pelas inúmeras obras de infraestrutura realizadas e concretizadas em rodovias, aeroportos, aproveitamentos hidrelétricos, refinarias, equipamentos urbanos e habitações, entre outras.
Na atual situação econômica mundial, é natural que haja um acirramento na busca por novos mercados. Por isso, costumo dizer que precisamos urgentemente de um projeto nacional que permita a eliminação dos gargalos, causados pela estagnação das obras e programas, e dos vazios, frutos da inexistência de base tecnológica nas nossas empresas, que necessitam de inovação e agregação de valor aos produtos.
Para crescer, a engenharia depende, entre outras, de quatro ações distintas: a implantação de programas de governo que possibilitem a retomada do crescimento da indústria, a garantia de recursos para a conclusão dos projetos de relevância naciona, iniciados na última década, e paralisados, a preservação da exigência de conteúdos locais nos projetos e obras de engenharia e ainda o fortalecimento das empresas estatais, que sejam consideradas efetivamente estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país.
Fonte e matéria completa: O Globo | Foto: Pexels / Divulgação