12 jan, 2018

Setor registra sétima alta seguida na contratação de mão de obra na região

No Centro Oeste paulista, a região de Bauru apresentou os melhores resultados, de acordo com o estudo do Sinduscon, com destaque para Avaré

O mercado de construção civil em Bauru (SP) e região ganhou destaque na regional do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) com um histórico de sete meses consecutivos de saldo positivo de emprego.


Pesquisa mensal do sindicato, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas e informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontou uma alta de 0,94%, na comparação de outubro de 2017 e de 2016, somando 161 postos de trabalho. Botucatu, outra importante cidade da região, registra curva ascendente de crescimento e segue na mesma linha de retomada, com o quarto mês seguido em contratações.


Outros três municípios de médio porte como Avaré, Jaú e Lins consideradas principais da regional do Sinduscon-SP em Bauru, também apresentam números animadores, de acordo com este estudo. Apenas Marília teve resultado negativo (-0,15%), o que não chegou a impactar no resultado final.


Em Avaré, o número de empregos no setor com carteira assinada ficou em 558, alta de 3,91%, a maior dentro da área de atuação a regional - que abrange seis principais municípios, de um total de 97 do Centro-Oeste paulista. Já em Botucatu, o estoque ficou em 996, alta de 1,74%; seguida de Jaú, com 1,31% e 1464 vagas com carteira assinada. Em Bauru e Lins, foi menos de 1%.


Para o diretor regional do Sinduscon, Ricardo Aragão, o momento é propício para investir e comprar. Mas, em relação a Bauru, é necessário um avanço em muitas áreas para destravar o desenvolvimento, avalia. “Apesar da retomada, aos poucos, do investimento e do consumo, Bauru ainda caminha a passos lentos para o desenvolvimento, comparada a outras da região do mesmo porte. Ainda é preciso vontade política e que questões como o Plano Diretor, Código de Obras e Perímetro Urbano, sejam amplamente discutidos e remodelados”, enfatiza.


Imóveis

Na outra ponta, o mercado imobiliário de Bauru está aquecido, mostra pesquisa elaborada pelo Secovi-SP. Entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016, houve crescimento de 7% e 8%, respectivamente, em relação ao número de unidades lançadas (5.937) e vendidas (3.475). O volume de negócios cresceu 11%, somando R$ 915 milhões em vendas, com preferência por imóveis de três dormitórios, equivalente a quase 40% das vendas na comparação com período anterior.


Para o diretor de Economia e Estatística da Regional Secovi em Bauru, Bruno Pegorin, 2018 traz muita expectativa para o mercado com novos eixos de desenvolvimento na cidade, que se deslocam para a Avenida Getúlio Vargas, Vila Aviação, e no sentido do Jardim Marambá, no outro extremo. O mercado de lançamentos foi um pouco mais constante no ano passado, com estratégia mais consolidada e bem definida, destaca Pegorin.


“São números saudáveis que as empresas apresentam, o que pode ser considerado, entre outros fatores, resultado de um conjunto de medidas como redução na taxa básica de juros, aumento do limite de financiamento pelo FGTS e a ampliação do atendimento da demanda do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).”


Segundo Pegorin, trazem mais confiança ao setor, ajudando a fomentar o mercado imobiliário do município. Ele destacou ainda a aposta no aquecimento do mercado de terceiros, já que a análise apontou mudança na demanda por imóveis, com uma concentração na busca por unidades de dois e três dormitórios.


No primeiro semestre de 2017 a Caixa Econômica Federal registrou um aumento vertiginoso na concessão de créditos para compra de imóveis em Bauru. A cidade alcançou a maior evolução nesse segmento entre 300 cidades da região, com uma alta de 72% nas negociações, quando comparado ao mesmo período de 2016.


Para a entidade, é importante acompanhar as mudanças de perfis e oferecer novos produtos. “Vimos que o perfil de volume de unidades concentrado no mesmo empreendimento se mantém. Também registramos a oferta de apartamentos com tamanho maior em Bauru, com mais de 80 metros, o que não acontecia antes. Já a oferta de novos imóveis de um dormitório está ficando mais escassa”, observa.

Fonte: DCI